quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A Revolução Científica

O Renascimento é colocado como um dos mais importantes momentos da história do Ocidente, considerado por muitos estudiosos como a ruptura do período medieval, com suas características de sociedade estamental, agrária, teocrática e fundiária, com o mundo moderno urbano, comercial e burguês.
A partir deste momento de ruptura começa a abertura e expansão comercial e marítima do século XV. Começa uma sociedade laica e o desligamento com o sagrado, com o período Teocrático, mudando assim, as indagações das necessidades dos homens com suas preocupações imediatistas e materiais.
Começa uma crescente busca pelo conhecimento mais pragmático do que meramente especulativo.
Segundo Cristina Costa: (COSTA, 2012, p.32) “Em um mundo cada vez mais laico e independente da tutela da religião, o homem é levado a pensar e analisar a realidade que o cerca em toda sua objetividade, e não como resultado da vontade ou da justiça divina. E, assim como os pintores que se dedicavam às minúcias das paisagens ou às medidas proporcionais das figuras numa perspectiva geométrica, os filósofos também passam a observar e a dissecar a realidade social.”
No desenvolvimento de uma visão especulativa da vida em sociedade está a semente e a mudança do pensamento social moderno que vai se externar na pintura, na filosofia, na literatura especialmente utópica de Thomas Morus (A Utopia), Tommaso Campanella (A cidade do Sol) e Francis Bacon (Nova Atlântida).
“Como os gregos antigos, os filósofos renascentistas refletiam sobre a sociedade por meio de textos nos quais desenvolviam o modelo do que seria, aos olhos, uma sociedade perfeita. Assim como a lendária Atlântida, reino imaginário referido por Platão nos diálogos de Timeu e Crítias, Thomas Morus concebeu Utopia – uma ilha na qual os habitantes haviam alcançado a paz, a concórdia e a justiça. Significativamente, o autor batiza sua ilha de Utopia, nome que significa “nenhum lugar” – único espaço onde parece ter um dia reinado a harmonia, o equilíbrio e a virtude.” (COSTA, 2012, p.32).
Thomas Morus, em Utopia escreve que é uma sociedade em que todos vivem as mesmas condições de vida e sabem desenvolver todos os tipos de tarefas e atividades, que são distribuídas entre eles por um sistema de rodízio. Utopos (o rei) que é o fundador da Utopia – cujo valor principal é a sabedoria. Pois, este a tem e irá administrar a vida em sociedade que é extremamente organizada, pois todos tinham tudo em comum.

A Revolução Científica:

 Durante a Idade Moderna, observamos o avanço no tempo, o Ocidente assistiu à Era das Revoluções: Revolução Comercial, Revolução Cultural, Revoluções Políticas e Revolução Científica.
“Do ponto de vista histórico, o sistema feudal começou a entrar em crise a partir do século XII. O ostracismo europeu, a estagnação da técnica e da agricultura, a inexistência de comércio, a falta de terras produtivas que pudessem ser dominadas pelas novas gerações dos nobres, o excesso de população nos feudos etc. fizeram com que as bases sócio-político-econômicas do feudalismo mergulhassem lentamente num processo de declínio sem volta. A falta de opção econômica, combinada com o misticismo cristão dominante, ensejou a formulação das ideologias que impulsionaram as Cruzadas, guerras “santas” contra os muçulmanos, com objetivos políticos (expansão dos domínios), econômicos (ampliação das terras e saques) e religiosos (reconquista da Terra Santa).” (LEMOS, 2009, p.25).
Transformações com um ritmo cada vez mais acelerado a partir dessa época, deram origem a uma mentalidade renovadora, repudiando assim, o misticismo o conservadorismo, que eram sinais da época medieval, que era conhecido como a Idade das Trevas e do obscurantismo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário